A freguesia da Branca arrisca-se a perder um importante sítio arqueológico – o povoado proto-histórico de S. Julião - se a A32 for construída a nascente da freguesia.
Há cerca de 20 anos que foi confirmada a importância da estação arqueológica, estando hoje registada na base de dados da Instituto Português de Arqueologia, actual IGESPAR.
A área em causa diz respeito a um povoado histórico com cerca de um hectare que pode desaparecer se as obras da A32 se concretizarem no traçado definido pelo governo.
A associação Auranca quer evitar a eminente destruição deste importante achado que, na década de noventa, mereceu a realização de duas campanhas que confirmaram a importância do sítio arqueológico onde foram encontrados vestígios de interesse.
Os técnicos relevam a importância local e regional do povoado uma vez que não são abundantes as estações arqueológicas datadas dessa época.
As escavações efectuadas na estação arqueológica do Outeiro de S. Julião realizaram-se ao longo de 1993 e 1994 delas resultando a confirmação da importância do povoado proto-histórico.
Para os dirigentes da Auranca, «quinze anos depois o Governo e a empresa Estradas de Portugal preparam-se para destruir um dos mais ricos patrimónios da vila e do concelho para fazer passar ali uma auto-estrada».
O arqueólogo António Manuel Silva, co-responsável pelos trabalhos realizados em 1993 e 1994, salienta, na nota técnica que suportou parte da contestação técnica ao traçado, que «São Julião aparece elencdo entre os sítios mais destacados no plano nacional no catálogo da importante exposição «A idade do bronze em Portugal: discursos de poder» que esteve patente no Museu Nacional de Arqueologia, em 1995, em Lisboa».
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