quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estação arqueológica em risco de ser destruída pela A32

A freguesia da Branca arrisca-se a perder um importante sítio arqueológico – o povoado proto-histórico de S. Julião - se a A32 for construída a nascente da freguesia.
Há cerca de 20 anos que foi confirmada a importância da estação arqueológica, estando hoje registada na base de dados da Instituto Português de Arqueologia, actual IGESPAR.
A área em causa diz respeito a um povoado histórico com cerca de um hectare que pode desaparecer se as obras da A32 se concretizarem no traçado definido pelo governo.
A associação Auranca quer evitar a eminente destruição deste importante achado que, na década de noventa, mereceu a realização de duas campanhas que confirmaram a importância do sítio arqueológico onde foram encontrados vestígios de interesse.
Os técnicos relevam a importância local e regional do povoado uma vez que não são abundantes as estações arqueológicas datadas dessa época.
As escavações efectuadas na estação arqueológica do Outeiro de S. Julião realizaram-se ao longo de 1993 e 1994 delas resultando a confirmação da importância do povoado proto-histórico.
Para os dirigentes da Auranca, «quinze anos depois o Governo e a empresa Estradas de Portugal preparam-se para destruir um dos mais ricos patrimónios da vila e do concelho para fazer passar ali uma auto-estrada».
O arqueólogo António Manuel Silva, co-responsável pelos trabalhos realizados em 1993 e 1994, salienta, na nota técnica que suportou parte da contestação técnica ao traçado, que «São Julião aparece elencdo entre os sítios mais destacados no plano nacional no catálogo da importante exposição «A idade do bronze em Portugal: discursos de poder» que esteve patente no Museu Nacional de Arqueologia, em 1995, em Lisboa».
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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Site revela-se mais uma ferramenta de luta

O site da Auranca  - Associação de Defesa do Ambiente e Património da Branca – revela-se como mais uma ferramenta de luta contra a A32.
A página contém informações actualizadas sobre as acções que a Comissão de Acompanhamento da A32 tem desenvolvido no âmbito da luta contra a auto-estrada que vai ligar Coimbra a Oliveira de Azeméis.
«O site é mais uma importante ferramenta que a Associação Auranca dispõe para defender a Branca das agressões ambientais, sociais e patrimoniais subjacentes ao traçado que o governo decidiu implantar a nascente da freguesia», afirma Joaquim Santos, da Comissão de Acompanhamento.
«Através do site qualquer pessoa pode acompanhar as actividades e as acções que têm sido realizadas e que venham a ser decididas, no futuro, pela população», acrescenta Joaquim Santos, alertando para o facto da anulação do concurso não significar que a auto-estrada não vai ser construída.
«Temos de nos manter bem atentos ao desenvolvimento do processo pois foi já tornado público que será aberto novo concurso internacional pelo que a população vai manter-se firme e lutará até ao fim contra o absurdo que é o traçado proposto», afirmam os responsáveis da Auranca.
Ao longo das páginas do site são vários os assuntos abordados desde as visitas de líderes políticos à freguesia ao Estudo de Impacto Ambiental e à descrição das actividades desenvolvidas desde o início da luta.
Também estão disponíveis vídeos contendo reportagens sobre algumas iniciativas com impacto nacional, além de uma galeria de imagens com fotos dos momentos mais decisivos da contestação popular.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Socialista Maria de Belém ouviu preocupações

A deslocação de Maria de Belém, candidata socialista pelo círculo de Aveiro às eleições legislativas, a Albergaria-a-Velha, foi aproveitada pela direcção da Auranca para confrontar a deputada com a questão da A32.
Acompanhada por Felipe Neto Brandão, também candidato, Maria de Belém ouviu as preocupações transmitidas pela associação no que se refere aos impactos do traçado a nascente para a freguesia da Branca.
Felipe Neto Brandão disse conhecer o problema aquando das suas funções como governador civil de Aveiro, comprometendo-se, em caso de ser eleito, lutar pela realização de um novo Estudo de Impacto Ambiental.
Apesar de convites institucionais às estruturas, o Partido Socilista nunca acedeu a deslocar-se à Branca para apurar, no local, as implicações da construção da auto-estrada a nascente.
A associação nunca recebeu qualquer resposta do PS, situação que os dirigentes da Auranca lamentam, frisando que todos os partidos políticos representados na Assembleia se deslocaram à freguesia.
A associação considera decisiva a resolução do problema para a população que não irá abdicar da sua luta enquanto os seus direitos não estiverem assegurados.

Futuro deputado impressionado com o traçado proposto para a A32


O cabeça de lista do PSD pelo círculo de Aveiro às eleições legislativas comprometeu-se a apoiar a luta da Associação Auranca contra o traçado da A32 na freguesia da Branca, Albergaria-a-Velha, invocando ser incompreensível a escolha do Governo por uma solução que não respeitou nada nem ninguém.
Couto dos Santos acusou as entidades responsáveis de terem ignorado o espaço intermunicipal previsto no Plano Director Municipal para a construção da auto-estrada, a Reserva Ecológica Nacional e lamentou a omissão do Estudo de Impacto Ambiental relativamente às questões essenciais que deviam sustentar o mesmo estudo.
Couto dos Santos, que se inteirou dos prejuízos do traçado a nascente da vila, interrogou-se sobre as razões para o desvio do traçado (no limite com o concelho de Oliveira de Azeméis) que condiciona a adopção do traçado a nascente da freguesia da Branca e não a poente como é reclamado pela população.
«O meu compromisso é o de lutar pelos interesses da Branca e da Associação, tendo em conta o interesse nacional e das populações», afirmou Couto dos Santos na reunião de trabalho com os responsáveis da Auranca.
Face à actual situação o social-democrata lançou o desafio de ser apresentada uma queixa ao Comissário Europeu do Ambiente, o que já está a ser feito em articulação com a eurodeputada Marisa Matias do Bloco de Esquerda.
Em relação à ligação da Alternativa 5ª à solução poente, na zona do Curval, Pinheiro da Bempsta, sugerida em Fevereiro por Paulo Campos, secretário de Estado das Obras Públicas, Couto dos Santos defendeu que a empresa Estradas de Portugal deveria equacionar essa solução tanto que a mesma «não pode sobrepor-se ao Estado».

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

PCP pretende levar a A32 à Comissão Europeia

«Um escândalo» e «dinheiro gasto ao desbarato» traduzem o sentimento de Miguel Viegas, o cabeça de lista do PCP pelo círculo de Aveiro às eleições legislativas que, juntamente com Adelino Nunes, esteve na Branca a avaliar os impactos da construção do traçado da A32 a nascente da freguesia.
«É uma solução completamente absurda», disse Miguel Viegas após a visita ao monte de S. Julião onde existe uma estação arqueológica que será destruída com a construção da A32.
A esta destruição junta-se um outro conjunto de prejuízos ambientais como a destruição de recursos hídricos e da encosta da freguesia, a poluição sonora e a construção de um viaduto de mil metros junto a habitações.
«Vamos continuar a lutar, contribuindo para que a questão na caia no esquecimento», disse o dirigente do PCP defendendo existir «argumentos fortes e convincentes» que dão razão à contestação da população ao traçado que o governo quer construir a nascente.
O PCP vai levar o assunto à Comissão Europeia, com o apoio da deputada Ilda Figueiredo, alertando para os impactos negativos da solução do Governo. Para Miguel Viegas não faz sentido a União Europeia ir financiar uma obra com os impactos que são conhecidos e com custos tão elevados.
Com a anulação do concurso internacional para a adjudicação da obra, a Auranca defende a elaboração de um novo estudo de impacto ambiental (EIA) e um novo traçado favorável aos interesses da população da Branca.

domingo, 20 de setembro de 2009

Paulo Portas promete lutar contra a A32

O líder do CDS-PP considera que o processo da A32 não é «irreversível» e que a anulação do concurso da adjudicação da auto-estrada Coimbra-Oliveira de Azeméis deve ser aproveitada para se avançar para uma solução alternativa.
Paulo Portas falava na freguesia da Branca, onde se reuniu com a Comissão de Acompanhamento da A32 e deixou o compromisso do CDS de apoiar a luta da população, mantendo a sua posição contra o traçado a nascente, sendo ou não governo após as eleições legislativas.
«Se formos governo iremos obrigar a empresa Estradas de Portugal a estudar uma alternativa de forma a que este traçado não seja irreversível», afirmou Paulo Portas para quem «o comportamento do Ministério das Obras Públicas e das Estradas de Portugal não é correcto».
«Se a petição apresentada na Assembleia da República fosse a pedir a suspensão da construção da A32 podia-se estar a opôr um interesse local ao interesse nacional mas o que se trata aqui não é disso mas sim de apenas de se encontrar uma alternativa ao traçado actual», explicou.
Paulo Portas defendeu a adopção de outras alternativas que «conciliem a construção da auto-estrada com a identidade da freguesia da Branca». O traçado actual, sublinhou, «é totalmente inconveniente» por razões relacionadas com o seu custo e ainda por questões ambientais, paisagísticas e históricas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Auranca satisfeita com aulação do concurso defende novo estudo para o traçado da A32

A Auranca – Associação do Ambiente e Património da Branca – manifesta o seu apreço ao governo e à empresa Estradas de Portugal (EP) pela decisão de não adjudicar a construção das Auto-Estradas do Centro onde se inclui a construção da A32 entre Coimbra e Oliveira de Azeméis.
Trata-se de uma decisão justa e lógica, baseada no parecer da Comissão de Avaliação de Propostas que sugeriu a não adjudicação da obra tendo em conta o agravamento do investimento (inicialmente de 525 milhões de euros) para 1 174 milhões de euros, correspondendo a um aumento superior a 100 por cento.
Com a anulação do concurso a Auranca defende que o Governo deve equacionar agora a elaboração de um novo Estudo de Impacto Ambiental e a respectiva alteração do traçado actual.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Associação Auranca dá a conhecer o Estudo de Impacto Ambiental da A32

A associação Auranca dá a conhecer o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da A32, um documento extenso mas que não deixa de ser omisso em algumas matérias essenciais como a associação tem vindo a denunciar desde o início da luta contra a construção do traçado a nascente da freguesia.
Não perca a oportunidade de ficar a conhecer o conteúdo do resumo não técnico para melhor compreender o que está em causa. O EIA foi realizado pela ECOserviços - Gestão de Sistemas Ecológicos, Lda.
Consulte o EIA

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Auto-estradas do Centro já não vai ser adjudicada


A Estradas de Portugal comunicou aos dois consórcios que estão a disputar a fase final da Auto-estradas do Centro que já não pretende adjudicar esta concessão.
A empresa liderada por Almerindo Marques (na foto) enviou aos consórcios da Mota-Engil e da Edifer uma carta, há cerca de um mês, com o relatório do júri, a recomendar a não adjudicação desta concessão, uma vez que, no seu entender, se registaram grandes desvios de 119,5% (Mota) e de 131,4% (Edifer) entre os preços apresentados na primeira fase e os da proposta final (BAFO - Best And Final Offer), que deveriam ser mais favoráveis para o Estado.
O Económico apurou que o envio da carta pela Estradas de Portugal com o relatório do júri de avaliação das propostas traduz implicitamente a aceitação dos seus argumentos.
Fonte oficial do Ministério das Obras Púbicas adiantou ao Económico que os concorrentes já fizeram chegar as suas reclamações, mas reconheceu que será muito difícil qualquer outra decisão de Mário Lino que não seja a anulação deste concurso.
A Auto-estradas do Centro tinha um investimento avaliado em cerca de 740 milhões de euros para um total de cerca de 360 quilómetros (cerca de metade para manter e outra parte para construir de raiz).

Nuno Miguel Silva, Diário Económico

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eurodeputada Marisa Matias leva A32 à Comissão Europeia

O Bloco de Esquerda (BE), através da eurodeputada Marisa Matias, solicitou à Comissão Europeia (CE) que não seja «tomada qualquer decisão definitiva» relativa à adjudicação da construção da A32 no troço referente à freguesia da Branca, concelho de Albergaria-a-Velha, «sem que sejam sanadas as irregularidades detectadas na avaliação de impacto ambiental e processo de consulta pública».
O pedido consta da pergunta formulada por Marisa Matias, entregue a semana passada em Bruxelas, referente às diligências que a Comissão tenciona «levar a cabo afim de que o governo português, as administrações locais e regionais e as empresas concessionárias apliquem a directiva 2001/42/CE e a directiva 2003/35/CE à construção do IC2 (A32) no trecho que atravessa a nascente do aglomerado populacional da Branca».

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Francisco Louçã considera luta da Branca um exemplo para o país


O líder do Bloco de Esquerda (BE), Francisco Louçã, renovou, na freguesia da Branca, Albergaria-a-Velha, o apoio do seu partido á luta da população contra a construção da A32 a nascente da vila.
Francisco Louçã criticou o traçado da A32 aprovado pelo Governo e considerou a luta dos branquenses um exemplo para o país.
«O trabalho da Comissão é uma lição para o país», disse o líder do BE sublinhando subsistir «muitos problemas deste tipo em Portugal» embora não exista «populações que se juntam e protestam como a Branca faz».
«Quando se fala da Branca estamos a falar também de todas as pessoas deste país que merecem ser ouvidas», acrescentou Francisco Louça, frisando que «devemos recusar o abuso e a prepotência de quem não quer dar razão às pessoas».
Joaquim Santos, da Comissão de Acompanhamento da A32, agradeceu o apoio do BE, classificando os protestos como a «luta pela razão».
Para o futuro o mesmo responsável pediu a continuidade do apoio do Bloco de Esquerda que, pela segunda vez, veio escutar as preocupações da população.
À semelhança do que já fizera em Maio, a eurodeputada Marisa Matias esteve de novo na Branca onde deu a conhecer os passos já dados junto da Comissão Europeia no sentido de ser travado o processo de adjudicação da A32 no troço em causa.

Veja os vídeos:
Youtube
RTP1

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

EP não adjudica A32 por agora






A empresa Estradas de Portugal deverá inviabilizar a adjudicação da concessão das auto-estradas do Centro, que inclui o IC-2 entre Mealhada e Oliveira de Azeméis, baseando-se no parecer negativo da Comissão de Avaliação de Propostas (CAP)
Este concurso, assim como o de Pinhal Interior, ficará adiado para depois das eleições Legislativas do próximo mês de Setembro. A CAP alega que a proposta final é bastante superior aos valores apresentados na primeira fase do concurso. Neste concurso, assim como a concessão do Pinhal Interior, a empresa Mota e Companhia ficou classificada em primeiro lugar. Para as Auto-Estradas do Centro, que inclui além do IC-2, o IC-12 (Mortágua-Mangualde) e auto-estrada entre Coimbra e Viseu, o valor mais que duplicou. Na primeira fase do concurso a proposta atingia os 535 milhões de euros contra os 1,174 milhões de euros finais, representando um aumento de 119 por cento.

(noíticia publicada por Diário de Aveiro)