Os impactos paisagísticos resultantes da construção da A32 a nascente da freguesia da Branca são muito mais acentuados em relação a poente. Essa é a convicção da associação Auranca e da arquitecta paisagista Ana Catarina Antunes.
Para a Auranca, a paisagem da encosta Central da Branca «é uma das mais belas da região e que a população sente como património único e de valor incalculável». A riqueza paisagística será afectada com a A32, ficando «irreversivelmente destruída, marcando em definitivo a qualidade de vida da população e de todos os que a visitam».
A Auranca lamenta que no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) seja referido que «para as alternativas 5 e 5A não se identificaram zonas em que o impacte ao nível do descritor da paisagem seja significativo». Certo é que a alternativa 5 (a nascente) não vem referida no EIA como «troço ambientalmente mais favorável», alerta a associação.
Também para a arquitecta paisagista Ana Catarina Antunes a solução a nascente é gravemente lesiva da paisagem uma vez que «apresenta uma fragilidade visual elevada quanto à introdução de elementos estranhos a este território, com implicações tanto no aspecto visual como ecológico», não se passando o mesmo a poente cuja paisagem possui «maior potencial» para «receber elementos alheios à ocupação actual sem interferir em demasiado na qualidade paisagística global».
Em relação a nascente «qualquer intervenção de natureza construtiva definitiva traduzir-se-á numa alteração visível e significativa», refere a técnica no seu parecer, frisando que, «para além da fragilidade ecológica, trata-se de uma paisagem de qualidade elevada e muito sensível sob o ponto de vista visual».
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