segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Auto-estrada a nascente é muito mais cara

Às questões técnicas, a Auranca acrescenta um novo elemento – o custo financeiro dos dois traçados - para justificar que o governo deve reanalisar o processo do traçado da A32 e optar pela solução a poente.
Numa análise genérica aos custos que cada uma das duas opções implicará, a Associação do Ambiente e Património da Branca conclui que o traçado da alternativa 5 (a nascente) é o mais caro.
A movimentação de terras, a construção de um viaduto de quase 1 000 metros e o eventual desvio (e consequente agravamento financeiro) da auto-estrada à estação arqueológica do monte S. Julião são razões que não deixam dúvidas de que a A32 sairá muito mais cara aos cofres do Estado.
Em termos de custos a alternativa a nascente (entre os quilómetros 36,5 e os 47,00) prevê um nó de acesso completo (trevo), um viaduto com 995 metros de comprimento, seis passagens superiores e três passagens inferiores.
O traçado terá um movimento de terras na zona da encosta da Branca muito elevado devido à topografia de declive mito acentuada o que vai provocar custos elevados de restabelecimentos de infra-estruturas.
O viaduto de 995 metros, com altura acima do solo variável já que terá inclinação de 6%, terá um custo demasiado alto transformando esta opção, se outra razão não existisse, seguramente na de maior custo.
O desvio da auto-estrada no monte de S. Julião (previsto no nº 17 da Declaração de Impacto Ambiental tendo em conta que deverão ser feitas sondagens para confirmar o interesse da estação arqueológica com o respectivo desvio da via) será, segundo a Auranca, «mais um elemento a agravar o custo deste traçado alternativo».
Contrariamente à solução a nascente, a solução 1 (a poente) é, para a associação, muito mais barata estando previsto um nó de acesso simples, cinco passagens superiores, seis passagens inferiores e 1 viaduto com cerca de 70 metros de comprimento.
Este traçado, ao contrário do que terá de ser feito a nascente, envolverá um volume de movimento de terras muito controlado na medida em que o terreno onde se implanta é de baixo declive.