quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Estudo de Impacto Ambiental não reflecte os impactos socioeconómicos da futura A32


Um estudo de Paula Abreu, docente e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sobre os impactos socioeconómicos da A32 a nascente da Branca indica que a solução 1 (a poente) do traçado é «aquela que menos consequências acarreta para a freguesia».
Numa abordagem ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) da futura auto-estrada entre Coimbra e Oliveira de Azeméis esta técnica refere que o mesmo é «particularmente frágil», e «inconsequente» do ponto de vista socioeconómico.
Segundo Paula Abreu, o EIA «parte de uma caracterização incipiente e inadequada do tecido socioeconómico das comunidades atravessadas e considera um conjunto arbitrário de indicadores cujas escalas de avaliação não são justificadas».
No que se refere à Branca a técnica realça o facto da avaliação não considerar que o traçado proposto vai «rasgar toda a freguesia» ao longo da encosta onde a freguesia mais tem crescido.
Paula Abreu destaca também que a solução a nascente quebra a ligação entre os diversos lugares e condiciona todo o desenvolvimento futuro da freguesia.
«A imagem de uma freguesia fragmentada e compactada entre duas auto-estradas (a A1 a poente e a futura A32 a nascente) é de um absurdo tal que não pode ter outra explicação senão o da total inutilidade deste estudo para dar conta daqueles que são os efeitos locais e imediatos da possível via», defende Paula Abreu no parecer técnico.
Face às omissões e erros do EIA a Auranca defende, anulado que foi o concurso de adjudicação da obra, a reavaliação do traçado e um novo Estudo de Impacto Ambiental.
Leia aqui o parecer técnico