O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, afirma em entrevista ao jornal «I» que «parte significativa» das concessões rodoviárias «está em curso».
Sobre a pergunta de que as concessões foram suspensas e o TGV e as grandes obras só consumirão recursos a partir de 2013, o ministro que tutela a pasta das obras, transportes e comuinicações diz não ser «verdade».
Confrontado com a questão de que as obras em curso dizem respeito às que já tinham sido lançadas o titular da pasta refere que as obras que faltavam «são uma parte pouco significativa relativamente ao que está em curso».
Questionado sobre se o ministro das Finanças travou investimentos e dilatou o prazo de outros, o membro do Governo esclarece existir «tendência para ver as datas como limites», considerando estas como «referências que fixamos» embora «temos de estar preparados para deslocamentos em função dos projectos».
Perante a pergunta de que «o Estado não tem dinheiro» António Mendonça responde positivamente mas «o que importa é ter a capacidade de redefinir as prioridades, de afectar recursos escassos».
À pergunta se o Programa de Equilíbrio e Crescimento (PEC) foi o responsável pelo adiamento de obras, o ministro responde que «não há nada que tenha sido parado em resultado do PEC».
«Temos de ter duas ideias de investimento público, aquele em sentido estrito, que consta do Orçamento, e aquele investimento público em sentido lato, que é gerado pela iniciativa pública. Ou seja, investimento privado, mas que é gerado pela iniciativa pública. Falo das parcerias público-privadas», diz António Mendonça.