domingo, 18 de julho de 2010

Associação quer que autarquia classifique Monte S. Julião como área de interesse arqueológico

A Associação do Ambiente e Património da Branca (Auranca) pretende ver classificado no Plano Director Municipal (PDM) de Albergaria-a-Velha todo o perímetro ocupado pela Estação Arqueológica do Monte S. Julião como área de interesse arqueológico e histórico.
A sugestão foi feita no âmbito do processo de revisão do PDM sendo considerada pela Auranca de «toda a importância».
«Esta classificação no PDM será um instrumento fundamental para a implementação, no futuro, da prossecução de estudos arqueológicos e a promoção deste património histórico da Branca», afirma a associação.
A área em causa diz respeito a um povoado histórico com cerca de um hectare que pode desaparecer se as obras da A32 se concretizarem no traçado definido pelo governo.
A associação Auranca quer evitar a eminente destruição deste importante achado que, na década de noventa, mereceu a realização de duas campanhas que confirmaram a importância do sítio arqueológico onde foram encontrados vestígios de interesse.
Os técnicos relevam a importância local e regional do povoado uma vez que não são abundantes as estações arqueológicas datadas dessa época.
As escavações efectuadas na estação arqueológica do Outeiro de S. Julião realizaram-se ao longo de 1993 e 1994 delas resultando a confirmação da importância do povoado proto-histórico.
O arqueólogo António Manuel Silva, co-responsável pelos trabalhos realizados em 1993 e 1994, salienta, na nota técnica que suportou parte da contestação técnica ao traçado, que «São Julião aparece elencdo entre os sítios mais destacados no plano nacional no catálogo da importante exposição «A idade do bronze em Portugal: discursos de poder» que esteve patente no Museu Nacional de Arqueologia, em 1995, em Lisboa».