O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou esta sexta-feira à noite que os investimentos públicos que ainda não estão contratados «apenas serão adiados para uma altura mais oportuna».
Segundo a agência «Lusa» Sócrates garantiu que não mudou de opinião sobre a importância das grandes obras públicas, reafirmando que os investimentos que já estão adjudicados irão prosseguir.
O chefe do Governo anunciou em Bruxelas que o Governo decidiu reduzir a meta do défice para este ano dos 8,3% previstos no Programa de Estabilidade e Crescimento para 7,3%.
José Sócrates, que falava no final de uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da Zona Euro, revelou que deu conta dessa decisão ontem à tarde ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, antes de assumir, à noite, esse compromisso com os restantes líderes dos países da moeda única.
Sócrates admitiu ainda adiar grandes investimentos públicos como o novo aeroporto e a terceira travessia do Tejo, de modo a atingir a nova meta de redução do défice, anunciada pelo primeiro-ministro aos seus parceiros da Zona Euro.
«Estou a pensar justamente em todos os investimentos que não foram ainda adjudicados, como é o caso, por exemplo, da terceira via, como é o caso do aeroporto, para que os possamos lançar num momento em que a estabilização financeira regresse aos mercados e possa haver maiores garantias de financiamento para que essas obras se possam desenvolver», declarou.