A Associação do Ambiente e Património da Branca (Auranca) lamenta que a Estradas de Portugal não tenha atendido às reivindicações de alteração do traçado da A32 ao avançar com o concurso da concessão daquela via.
A posição foi assumida poucos dias após a abertura das propostas da subconcessão da Auto Estradas do Centro. «Estamos preocupados porque a EP avançou com o processo sem fazer aquilo que a população sempre solicitou que era a alteração do traçado» , disse, Joaquim Santos da Auranca.
A associação tomou conhecimento de que a EP estaria a «proceder a reajustes mínimos dentro do corredor aprovado», que a população contesta». A Auranca discorda desta «opção que não passa de mera operação de cosmética», sublinhando reservar para «data posterior a promoção de iniciativas de luta que entender mais adequadas aos legítimos e justos interesses da população da Branca».
A associação denuncia a «teimosia das Estradas de Portugal em manter a intenção da construção da A32 entre Coimbra e Oliveira de Azeméis, avançando com o concurso da concessão sem alterar o traçado na Branca e esquecendo todas as reivindicações».
«A população continua mobilizada na contestação contra o traçado absurdo da A32 a Nascente do IC2 e jamais se conformará com esta decisão», afirma a direcção da Auranca. Recentemente, a EP reuniu com representantes da autarquia de Albergaria-a-Velha para lhes anunciar que está a desenvolver uma alternativa para o traçado da A32 na zona da Branca, respeitando o corredor aprovado pela Declaração de Impacto Ambiental para a construção desta via e de modo a minimizar os constrangimentos apontados.
A EP manifestou pela primeira vez em Novembro de 2009 a disponibilidade para reavaliar o traçado que há mais de um ano tem vindo a ser contestado pela população da Branca, através da Auranca, mas ainda não foram divulgados dados concretos sobre essa alternativa.
A concessão Auto-estradas do Centro inclui a concepção, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação dos lanços de auto-estrada Trouxemil/Faíl (IP3), Mealhada/Oliveira de Azeméis (IC2), Mealhada (IC12), Santa Comba Dão (IC12-IP3) e Canas de Senhorim/Mangualde (IC12).
A esta Subconcessão, que compreende um total de 379 quilómetros distribuídos pelos distritos de Aveiro, Coimbra e Viseu, concorreram dois consórcios representativos dos grupos Soares da Costa e Mota-Engil com propostas com custos, para o erário público, de 1,4 e 1,7 mil milhões de euros, respectivamente.